O Jovem coroinha EDENILSON CAIA morador da comunidade da Serrinha e um dos grandes colaboradores da comunidade, conhecedor da história de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, colaborou com este tema:
NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO
SOCORRO
Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro é o título mariano mais conhecido. Podemos inclusive afirmar que este
título é o que melhor exprime a ação de Maria: Ela deseja nos socorrer perpetuamente.
Mas, que história está por trás do “milagroso” ícone que arrasta tanta gente
para Nosso Senhor Jesus Cristo?
NA ILHA DE CRETA
Multidões acorriam aos pés da
Virgem Maria. Incontáveis graças eram alcançadas diante do “santo quadro”. Até
que um comerciante o rouba e embarca num navio com destino a Roma.
Durante aquela viagem, levanta-se
violenta tempestade que só cessa depois de serem feitos votos à Senhora ali
representada.
EM ROMA
Milagrosamente a embarcação
consegue chegar ao porto desejado. O comerciante hospeda-se na casa de um amigo
romano, adoece gravemente e ao sentir sua morte próxima, entrega o ícone, pedindo
que seja levado em qualquer igreja.
O romano queria satisfazer o
desejo do amigo, porém a esposa o impede. Então, aparece Nossa Senhora, manifestando
o desejo de ser venerada num templo. Contudo, a esposa insiste na teimosia. Continuam
as aparições da Virgem, que até ameaça, sem obter resultado. A desobediência
faz o homem morrer (entendamos isso não foi castigo, ao contrário foi para que
a Boa Mãe pudesse manifestar Sua Misericórdia de forma mais honrosa).
Depois da morte do pai, a
filhinha tem uma visão de Nossa Senhora, que pronuncia as seguintes palavras:
-“Dize à tua mãe e ao teu avô, SANTA
MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO quer ser levada a uma igreja...”
Depois de ouvir o relato da aparição,
a viúva sente remorso... Desabafa com uma amiga, que lhe aconselha botar o
quadro no fogo. Esta amiga contrai repentinamente um mal parecido com peste, do
qual fica milagrosamente curada depois de fazer promessa à Santa.
Pela última vez, a Santíssima
Virgem aparece explicando que a veneração deveria realizar-se na Igreja de São
Mateus.
Os missionários agostinianos
são comunicados. Acontece a transladação da pintura, onde ocorre o primeiro milagre:
um paralítico do lado direito é subitamente curado.
Em 27 de março de 1499, o
templo dedicado ao Apóstolo Mateus recebe a Mãe de Deus Maria do Perpétuo
Socorro.
Ali inúmeros presentes eram
deixados em agradecimento por graças recebidas. Certa vez, um florista resolveu
furtar preciosidades, entretanto não conseguiu achar o caminho de casa sem
antes devolver o que roubara.
NOVAMENTE
DESAPARECIDO
Devido à grande Revolução de 1789,
a Igreja de São Mateus foi destruída. Assim, a bendita representação
desaparece.
Com a pregação do PE.Francisco
Blose SJ, o ícone é redescoberto e entregue aos Missionários Redentoristas pelo
Papa Pio IX. O quadro é transladado para a Igreja de Santo Afonso, localizada
no mesmo local onde outrora estivera a Igreja de São Mateus.
Nesta ocasião, aconteceram
vários milagres, entre os quais se destacam: cura de uma criança moribunda, além
do tremor no corpo de uma menina hemiplégica que depois de visitar o referido
templo pôs-se a caminhar sem dificuldades.
Em 26 de abril de 1866, Santa
Maria do Perpétuo Socorro é novamente entronizada no local por Ela desejado.
OS PRINCIPAIS SÍMBOLOS
Segundo uma antiga tradição, o
ícone teria sido cópia de outro pintado por São Lucas Evangelista. Em estilo
bizantino representa Nossa Senhora das Dores e retrata a aflição do Menino
Jesus que avista os instrumentos de Sua
Futura dor. Explicamos abaixo
as principais simbologias:
Letras em grego: Iniciais de Mãe de Deus; Jesus Cristo; Arcanjo São Miguel e Arcanjo São
Gabriel.
Estrela no véu: Mostra-nos que Maria é a estrela que nos guia até a salvação.
São Miguel: Apresenta
a lança; a vara com a esponja e o cálice da amargura.
São Gabriel: Traz
a cruz e os cravos.
Boca de Maria: Pequenina
para guardar silêncio.
Olhos grandes de Maria: Voltados para nós a fim de ver nossas necessidades. Pede-nos
que paremos de pecar, pois nossos pecados foram à causa do sofrimento de Seu
Divino Filho.
Olhos do Menino: Não fogem da cruz.
Túnica vermelha: Distintivo das virgens.
Manto azul: Emblema
das mães.
Mão direita de Jesus apoiada em Maria: Na compreensão dos antigos a mão direita, era a mão
com a qual Deus concedia graças. Isso significa que todas as graças do Senhor
nos vem por intercessão de Maria.
Mão esquerda de Jesus sendo segurada pela Mãe: No pensamento de antigamente a mão esquerda era a mão
com a qual Deus castigava. Maria, ao prendê-la, está nos dizendo que é capaz de
impedir os castigos que mereceríamos.
Sandália do Menino: Desprendeu-se devido ao susto, ficando presa por apenas um fio. Também
nós só estamos presos a Jesus por um único fio: a devoção a Nossa Senhora.
Fundo dourado: Significa
a glória da Ressurreição, que veio após a cruz.
Referências: PE Antônio Schneider,
13 Edição, Editora Santuário. Aparecida-SP.
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